
Dividimos a entrevista em duas partes, confiram agora a primeira e divirtam-se.
Michely Sobral e David Matheus.
Blog APP: Priester Aquiles!!! O nome do projeto é Freakeys, temos uma arte gráfica "freak" e os nomes dos músicos postados de uma maneira "freak" e a música então nem se fala. Qual o porquê de tudo soar dessa maneira? Superação? O céu, definitivamente não é o limite?
Aquiles: Desde o começo, a concepção que o Fábio Laguna tinha desse projeto, sempre foi tentar fazer algo completamente novo dentro do nosso estilo musical. O que fizemos, foi passar todo esse conceito para o restante do CD sem se preocupar com os limites. Tive que estudar muitas coisas que no começo eu não conseguia executar direito.
Blog APP: Falando sobre as curiosidades. Por que vocês resolveram colocar os nomes de forma diferenciada, lembrando referências bibliográficas? Muito curioso e original. A Patricia Priester foi a responsável pela arte do cd. Como é ter sua esposa como companheira de trabalho? O quê significa a arte da capa?
Aquiles: Quando estávamos diagramando o CD, eu falei para a Patrícia que seria interessante se puséssemos daquela forma que era completamente inesperada... Só joguei a idéia e ela gostou...Sempre que estamos trabalhando juntos, eu deixo que as idéias dela sobre a concepção do trabalho prevaleçam, pois de outra forma o CD iria ficar a minha cara... Para ajudar, o Fábio escreveu um monte de coisas que ele imaginava sobre cada música e isso a ajudou muito.
Blog APP: Você gravou o novo disco do Angra sozinho na Alemanha. Como foram as gravações do Freakeys e como vocês se organizaram, visto que a agenda dos quatro é bem concorrida? Houve alguma coisa de diferente que você ainda não havia vivenciado com Hangar, Angra e/ou em outros projetos?
Aquiles: Tudo foi bem estranho, pois achamos que deveria ser assim. A gravação ocorreu numa brecha de uma semana no meio dos shows da TOS tour e tive que terminar uma música as pressas para poder dar tempo viajar e fazer o show com o Angra. Para esse disco só eu e o Fábio ensaiamos. O Martinez e o Felipe gravaram em cima das coisas que nós definimos. Acho que eu nunca tinha gravado um disco tão espontâneo como esse e acho que isso reflete no resultado final do disco.
Blog APP: Vocês estiveram gravando no estúdio do Heros, guitarrista do Korzus, que atualmente vem produzindo e gravando bandas pesadas, e novamente, você volta a ter um álbum que foi gravado, produzido, mixado, masterizado inteiramente no Brasil. Como é trabalhar com Heros e como que é poder estar gravando "em casa" sem ter que fazer uma pré - produção no Brasil, gravar no exterior, enfim esse tipo de rotina que você vinha se acostumando? E o que os levou a escolher a gravadora Voice Music?
Aquiles: Na verdade o disco não foi gravado no Mr. Som, nós apenas o mixamos lá. As baterias foram gravadas no estúdio da Faculdade Cantareira em SP, o baixo no estúdio Via Musique em SP e as guitarras na Oficina do Son em Mococa... Posso dizer que esse disco é meio itinerante... Agora trabalhar com o Heros é uma das coisas mais divertidas do mundo... Nunca tem horário pra nada, nunca tem estresse, mas a qualidade é excelente e acho que isso é muito importante para o resultado do trabalho. Tem também o Pompeu que é muito legal e muito tranqüilo. Quando estávamos gravando as baterias do Hangar, nós nos agredíamos muito verbalmente, mas assim que acabávamos tudo estava bem. Acho que o clima de estúdio tem muito a ver com o resultado do disco e com as lembranças que a época traz para cada um de nós. A Voice apareceu enquanto estávamos mixando o disco e o proprietário é o Sílvio Golfetti (Guitarrista do Korzus), que é um cara extremamente profissional e também já é um grande amigo desde a época que fizemos o projeto “TorZusAngra” em 2003. O diferencial dessa parceria, é que o Sílvio sabe bem o que é a vida de um músico, então ele não quer nos esfolar como a maioria dos “empresotários” fazem.