(Publicado em 20/07/2007) Campinas, 8 de maio de 2006
Prezado Aquiles,
Eu tomei a iniciativa de escrever-lhe esta carta para que você saiba a sua importância e participação na vida de um fã.
Para começar, vou contar-lhe como virei uma grande fã sua. Assim que comecei a ouvir Angra, passei a gostar cada vez mais, não demorando muito até passar a interessar-me por seus integrantes particular e individualmente. Logo de cara, você foi o que mais me chamou à atenção, devido ao seu notável carisma.
Então fui a um show em Campinas, a cidade em que moro, e me surpreendi com seu solo e papel desempenhado durante o show. Poucos meses depois, tive a ótima oportunidade de comparecer a um workshop seu em Campinas. Um em que você demorou (mas conseguiu) lembrar dos exercícios de paradiddles, lembra? (risos) Aliás, um excelente exercício! Eu me lembro bem com que agitação e humor você falou e tocou naquele workshop. Além de ter sido humilde e ter homenageado o seu roadie, que na época era o Marquinhos. E depois, como se já não bastasse o incrível workshop, você ficou conversando com os fãs, até o último campineiro (no caso, a última) ir embora!
Aprendi com você que nunca podemos esperar não nos surpreendermos mais com algumas pessoas, pois quando já estava impressionada com não só o grande baterista que você é, mas a pessoa humilde e atenciosa com os fãs, fiquei surpresa mais uma vez com a sua atitude em relação à Michely, sua fã fundadora do blog APP. Não consigo imaginar a felicidade dela! Aquilo foi realmente demais e inesperado!
Na época que eu fui a um show do Angra pela primeira vez ( janeiro de 2005), eu estava em dúvida se queria tocar bateria ou baixo, mas quando presenciei sua performance não tive mais dúvidas, mesmo que o Felipe Andreoli, um baixista considerado como um dos melhores do mundo (não só por mim, como você sabe) estivesse tocando também.
Desde então, comecei a fazer aula e praticar bateria. Durante alguns meses eu passei por dificuldades em relação à bateria, pois estava fazendo muitas atividades extra-curriculares e a escola estava bem “pesada” (estou no primeiro ano do ensino médio) e, em conseqüência, não conseguia muito tempo para dedicar-me à bateria. Foi quando li sua biografia.
Não consigo descrever como ela foi inspirante e motivante para mim, afetando diretamente minhas escolhas, assim como aquele famoso provérbio chinês que você sempre cita: “Onde há uma vontade, há um caminho”.
Bom, acho que nem preciso comentar sua técnica, mas mesmo assim quero que saiba que eu acho muito legal você não ser uma pessoa restrita a heavy metal e saber como aplicar outras coisas de outros estilos nesse estilo. Creio que esse deve ser um dos importantes diferenciais entre você e outros bateristas.
Atenciosamente,
Mariana Ruete Paes Pereira
Mariana entregando o livro "Olhares" ao Aquiles.