(Publicado em 05/06/2007)
Ver um workshop do Aquiles é sempre uma alegria à parte, poder rever amigos, botar o papo em dia, conhecer gente nova e é lógico, ver o Aquiles detonando tudo. Impressionante o quanto o Aquiles evolui de uma apresentação pra outra, sempre deixando as músicas cada vez melhores... E dessa vez não foi diferente! Com um pequeno atraso, ás 19:50, Aquiles é apresentado e sobe ao palco sem falar nada pra tocar as 4 primeiras músicas do Freakeys: One Cup One Lighter One Jack, Beetle Dance, The Dream Seller e Golden Bullet. Após esta, Aquiles fala um energético "boa noite" pra galera, agradece a todos e pede desculpas por possíveis erros na próxima música, Gallamawhat?!, falando que é uma das mais difíceis de ser executada ao vivo. Erros? Não percebi!
Sem perder tempo emendou o seu já famoso PsychoSolo, mas dessa vez com um diferencial, totalmente sequenciado, do começo ao fim. Aquiles explicou que agora tem que ficar ainda mais atento nos tempos e nas mudanças de andamento pra não se perder no meio desse solo gigante.
Fuçando no iPod, ele decidiu fazer umas mudanças e tocar músicas antigas que não eram tocadas há tempos, uma espécie de "ensaio ao vivo" dessas músicas. Para nossa alegria vieram Sailing The Sea Of Sorrow e Legions Of Fate ambas do Hangar. Tocada com algumas mudanças nos arranjos, parecia que o Aquiles queria furar as peles tamanha a vontade de tocá-las.
Muitos assuntos rolaram no work, sobre bateria, sobre as bandas, sobre a vida musical do Aquiles. Ele começou falando do tamanho dos tons e dizendo que o modo de posicioná-los foi influência do Nicko (Iron Maiden). Falou também que o tom menor posicionado em cima do tom maior é para tocar fielmente as músicas do Freakeys, que originalmente foram gravadas assim, mas que de pouco em pouco vai introduzindo nas outras músicas também.Disse ainda que muda de set de batera mais ou menos de 3 em 3 meses ou um pouco mais, dependendo do que está estudando no momento.
Aquiles faz uma demonstração de Rimshot e falou de como as baquetas são projetadas pra ajudar a ter uma pegada boa nas gravações. Das peles falou do anel interno que segura os harmônicos e que ele usou essas peles nos cd´s Aurora e no novo do Hangar e comentou que o diferencial foi que não precisou trocar de pele durante as gravações.
Dos triggers falou que eles sozinhos não fazem milagre e brincou com a galera que inventa milhões de teorias sobre qual é a função desse equipamento: "ele não deixa a pele lisinha e nem o cabelo mais sedoso" e ainda completou que quem pensa que o trigger camufla os erros está errado, que na verdade eles servem pra definir mais o som. Fazendo uma definição dos sons acústicos e trigados e falou tambem que o seu último surdo de 14" é mais pesado do que seu surdo de 18" por causa do timbre do trigger, e realmente é um barulho ensurdecedor! Demonstrou os cases com a ajuda do Marquinhos e da monitoração disse que só ouve nos fones de ouvido a batera e um pouco da voz do Edu e dependendo da música, os samples também.
Aquiles falou do começo de carreira com o Hangar, de como ensaiavam direto (numa sala cheia de frases de incentivo na parede) e de todos os acontecimentos até ser convidado a tocar com o Di´anno. Contou também que no começo era sempre confundido com o empresário da banda, pelo fato de andar sempre de social em razão ao trabalho na multinacional. Perguntado sobre a frase "onde há uma vontade..." ele disse que recebeu um cartão dos amigos da tal empresa e que todo o rigor e perfeccionismo aprendido no trabalho anterior ele levou pra vida de músico. Falou das bandas que anda ouvindo ultimamente (e que lista mais eclética!) e da gravação do DVD do Angra que não ocorreu porque seria gravado numa mina abandonada no interior de SP e a produção acabou se tornando muito cara.
Hora de música, Aquiles tocou Ask The Lonely (cover do Journey feita pelo Hangar), lembrando que essa música sairá no relançamento do CD Last Time junto com a regravação de Angel Of The Stereo. Na sequência ele tocou Waiting in silence e aí foi a hora mais esperada da noite: as músicas novas do Hangar! Simplesmente incríveis!! Parecia que a bateria ia pegar fogo!
Houve uma baita ovação no final dessas músicas, o público curtiu muito! Esse cd do Hangar promete e esperamos logo logo ver shows por aqui... Pra terminar, Aquiles chamou quem estava com camisas do Hangar (aeeeeee!!) , a dele, do Freakeys e do Angra pra subir no palco e ver de perto a execução de Nova Era e Angels And Demons. Com muito bom humor, ele encerrou o Workshop e depois atendeu a todos, tirou fotos e comprovou que com dedicação, profissionalismo e amor a música ele se transformou numa máquina insana de tocar bateria. Mas essas músicas novas do Hangar, huummmm... vai dar muito trabalho pra quem quiser tirar as partes da bateria (eu incluso rsrsr). Só temos uma coisa a dizer: Parabéns Aquiles!