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(Publicado em 12/08/2005)

Fiquem agora com um Review do Workshop que o Elóy realizou em São Miguel, no dia 30/07. A Marina e o João foram lá conferir e ficaram encantados ao ver tanto talento...

Review do Workhop do Elóy: 30/07- Por João Duarte

Num sábado de muita correria depois de um show da minha banda chamada “first day”, rumamos eu e a Marina para a Zona Leste de SP para conferirmos uma apresentação do Elóy Casagrande. Aquiles já havia falado sobre ele, e falado bem, daí minha expectativa para o evento, pois além de ser baterista também queria ver “o que” impressionou tanto o Aquiles. O evento foi num teatro da prefeitura e Elóy foi o 2º a se apresentar, depois da banda do Darcy Marolla (meu antigo professor). Na passagem de som presenciamos Elóy executando músicas do Angra, então a expectativa era grande.

A 1ª música foi “Hunters and Prey”, executada com playback. Elóy tocou a música muito parecida com a original, com uma pegada mais pesada. A 2º foi “Tom Sawyer” do Rush (playback), mostrando talento em passagens mais intrincadas e fora do contexto 4/4 que a música exige. Por último Elóy fez um solo mostrando toda a influência do Aquiles, desde o posicionamento das peças, começando com frases rapidíssimas na caixa que eram prontamente “respondidas” nos bumbos. Fez também, na maior parte do solo, viradas misturando tons, caixa e bumbos, com uma pegada impressionante e o som fluía, nenhuma nota fora, pegada muito forte com uma precisão incrível!

Mas o mais impressionante foi um “pattern” ou uma “clave” , como queiram, tocado só com os pés. Elóy, como eu, toca com dois hi-hats, um de cada lado, sendo o 2º também acionado com o pé, através de um extensor, além do 1º acionando convencionalmente. Do lado da sapata do chimbal esquerdo, Eloy usa um pedal de bumbo normal, que toca um daqueles blocos de percussão (blocks).Ou seja: o pé esquerdo tinha um bloquinho de percussão, o 1º chimbal e o 2º bumbo e o pé direito tinha o 1º bumbo e do lado o pedal que aciona o 2º chimbal, ou seja, 5 pedais para 2 pés! O “pattern” foi tocado com muita maestria, eu cheguei até a duvidar se existia algum som pré-gravado, pois jurava que tinha um pé ajudando. O “pattern” variava sobre todas as peças acionadas pelos pés e lembrava uma levada mais brasileira.

Ele conseguiu um efeito hipnotizante só com os pés, isso foi realmente de babar, mas depois de um certo tempo começou a fazer viradas intrincadíssimas só com as mãos (sem alterar o “pattern” com os pés). O efeito sonoro foi incrível! Por fim, tocou trechos de musicas do Hangar, pedaços que exigiam muito controle sobre double bass, aplicando os paradiddles corretamente no prato de condução, exatamente como o Aquiles faz. Fez também uma levada na caixa em sextina de semicolcheias, dobrando algumas notas e depois repetia nos bumbos o mesmo padrão executado nas mãos.

Bom, essa foi à apresentação do Elóy! Uma surpresa! Como toca esse menino de 14 anos! Além de tocar mais que muito marmanjo metido por ai, tratou eu e a Má muito bem, com muita humildade... Agora já sei “o que” impressionou o Aquiles, com certeza impressionará também qualquer um que o veja tocar. Não demorará a aparecer por aí na net um blog “eloypolvocasagrande”, pois ele já esta merecendo...Valeu Elóy! Até Mais!

João Duarte

João e Elóy

Marina e Elóy