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Show de bola esse Workshop do Aquiles. Foi o segundo Work dele que eu fui assistir. Interessante que fiquei sabendo por um acaso que ele vinha pra cá. Tava indo postar alguma coisa na comunidade do HANGAR no Orkut, foi então que vi o tópico que a Michely tinha enviado sobre o workshop e da comunidade que ela havia criado sobre esse evento aqui em Fortaleza. Já fiquei na pilha pra não perder. Como fã e baterista, era questão de honra estar lá no dia. O primeiro Work que eu fui foi a 2 anos atrás, no colégio Santo Inácio, e já tinha sido ótimo. Só que na época, apesar de já terem lançado o “Temple of Shadows”, ele não tocou nenhuma do cd novo.

Dessa vez foi totalmente diferente, mudou pra melhor. Primeiro a posição que fiquei, de frente pro bumbo esquerdo dele, o que me rendeu um pouco de dor de cabeça quando sai de lá, já que não levei nenhum protetor de ouvido. A pressão sonora, só da parte acústica já era muito grande. O cara, com o perdão da palavra, “desce o cacete” na bateria. Claro, não estou falando que ele esmurra a bateria, literalmente destruindo tudo. Ele toca com a força suficiente pra ter uma boa pegada. E boa parte dessa pegada, é devido a técnica de rimshot, que é tocar com a baqueta o aro e a pele ao mesmo tempo. Uma técnica muito legal pra quem toca heavy metal, pois dá um peso a música.

Falando um pouco mais sobre essa parte técnica. Ele mudou um pouco o setup dos equipamentos que usava. As peles agora são da Evans e os microfones também são de outra marca. Algumas coisas permanecem as mesmas, como as baquetas da série dele da C. Ibanez, no caso ele faz só uma modificação, coloca tipo uma fita, daquelas que a gente coloca em raquete de tênis, sendo que mais fina, pra dar mais grip. É uma boa, por que a mão sua e assim, não evita, mas ajuda a baqueta a não escorregar tanto. Os pratos da PAISTE, linha Alpha, pedal da JANUS. Agora os triggers da Staffdrum são apenas nos bumbos, o resto da bateria é só microfonada. PA’s e mesa da Ciclotron, álias, a mesa é um negócio gigante, sem noção, quem vê pensa que é pra uma banda inteira, e no caso é só pra bateria, ela foi pilotada com toda perfeição pelo Zito, técnico de som.

Outra coisa que me fez achar esse Work melhor, foram as músicas que ele tocou. Várias do Temple of Shadows, as novas do Hangar, que tão mais massa que nunca, e as músicas do projeto paralelo dele, o Freakeys, que conta ainda com o Laguna , Andreoli e Martinez.

No final, como sempre, ele foi super atencioso com todo mundo. Eu fui um dos primeiros a pegar autógrafo. Conversei muito pouco com ele, na hora que você está de frente ao seu ídolo, as vezes, num sai nada, você perde até a fala, ehehhe. Falei só que ele é um ídolo pra mim, e minha fonte de inspiração para tocar bateria, que apesar de não ter sido por causa dele que comecei no instrumento, no caso foi o Lars Ulrich do Metallica, ele hoje é minha maior influência. Ele na hora até deu uma risada e agradeceu, e ainda falou “pô começou foi bem”.

Então, depois de mais um workshop fantástico, o ouvido meio que zunindo, mais um autógrafo e duas camisas dele, termino esse review do Work do Aquiles aqui em Fortaleza, na espera do próximo.

Texto: Lima Filho Fotos: Lima Filho e Michely Sobral