(Publicado em 28/12/2006)
“Aquiles Priester fala tudo sobre o novo disco do Angra, Aurora Consurgens, mais partituras na Revista Batera & Percussão de Dezembro/2006.”

Aurora Consurgens é o novo disco do Angra, diferente do anterior, Temple of Shadows, ele não é conceitual e no que diz respeito à sonoridade de bateria, está bem mais pesado por conta de uma bem sucedida exploração de graves no instrumento de Aquiles Priester, que quebrou antigos paradigmas com uma mudança radical em seu set. “Gravei minha batera em três dias e meio, e como a guitarra ainda não estava pronta, não fiquei preso a nada. Fui o primeiro a entrar no estúdio.
Esse disco foi feito muito rápido, a banda nunca tinha gravado em tão pouco tempo. As músicas ficaram prontas em fevereiro. Como tinha uma agenda de workshops, não participei tanto desse processo de composição. Em maio, quando voltei, que a banda ia começar a tocar as músicas, elas estavam praticamente prontas”. De acordo com Aquiles, o grupo estava também com um tempo curto para definir as composições que iriam ser gravadas e assim entrar em estúdio.“Foram quatro semanas para ensaiar e definir as estruturas básicas. Em junho participamos do Gods Of Metal na Itália, e de lá fomos nos encontrar o Dennis (Ward, produtor) na Alemanha”. Foram mais cinco dias juntos tocando já com o som de batera que seria usado no disco, e ali foram definidas as minhas partes finais. “Quando comecei a gravar as estruturas e grooves, tudo já estava mais definido, mas foi o disco mais espontâneo em termos de viradas. Ao vivo estou mais solto também, até os próprios integrantes do Angra estão dizendo que está mais divertido tocar porque eles nunca sabem o que está por vir (risos). Acho que faz parte de um amadurecimento meu”. E apesar do disco do Angra ter sido feito em pouco tempo, ele foi muito pensado, garantiu Priester, que gravou toda sua parte na Alemanha, diferente dos outros instrumentos e voz, que foram registrados aqui no Brasil. “Foram dois dias testando peles, inclusive a banda inteira me ajudou nisso porque eles estavam esperando o meu set ficar pronto. Eles opinaram, porque muitas vezes o som está fantástico no estúdio, mas por alguma razão ele fica ruim quando passa pela mesa. Por isso levo de 8 a 10 caixas diferentes.
Tenho uma caixa curinga, uma Black Panther, que sempre uso em estúdio porque sei que ela funciona bem, e dessa vez usei outra. Posso dizer que quebrei muitos paradigmas nessa gravação”. O set que usou foi a mistura de quatro kits com tambores com medidas pares: 8”, 10”, 12”, 16” e 18”. “Meus surdos antes eram de 14” e 16”, isso deu mais peso e a afinação ficou mais definida. Era uma coisa que tinha receio de fazer porque tinha tons de 8”, 10”, 13”, 14” e 16” há quase seis anos. Mas fiz essa mudança na hora certa, em estúdio vimos que a afinação funcionou melhor e o Dennis gostou mais. Escolhi as melhores peças de diferentes kits, foram todas da linha Saturn, da Mapex.
Minha batera parecia um arco-íris, tinha peça cinza, amarela, sparkle”. Foi também a primeira vez que o batera usou as peles EC2 da Evans que, de acordo com ele, favoreceu no resultado final porque elas têm um anel interno que segura os harmônicos indo para o médio/grave, e reforçam mais o grave. “Pude deixar a afinação um pouco mais alta, com uma resposta boa, mas com um som muito mais grave. Foi a segunda gravação que usei os rides pretos de 24”, eu já tinha gravado o Freakeys e tinha pedido uns pratos novos. E vieram alguns da linha 2002, como um Wild Crash, que tem um som bem selvagem mesmo, bem aberto. Foi a primeira vez que gravei com a linha Rude.
Prefiro eles ao vivo porque têm volume. Em estúdio uso os mais controlados para evitar vazamento”. Priester usou também o Thin Crash da Rude e o resto ficou mais ou menos o mesmo, como os dois chimbais da linha Signature, sendo que um é Sound Edge, que usa quando faz levadas com dois bumbos, e outro que é o Heavy Hi Hat Signature, que tem som mais controlado para quando usa um bumbo só. “E agora é esse set que vou usar sempre porque ganhei volume e definição. Vou fazer um mix, qualquer kit da Mapex que eu usar vai ter um som bem próximo do outro porque são as mesmas peles, microfones, baquetas e o mesmo baterista (risos). O próprio técnico de som já comentou isso. E na turnê vou usar a minha signature e a Orion”. Aquiles, que passou dez dias na Alemanha sem a companhia dos outros integrantes do Angra gravando suas partes, contou que tinha uma rotina um tanto monótona nessa época. “Fiquei sozinho na Alemanha em uma cidadezinha pequena, e tinha uma rotina de gravar o dia todo, jantava no mesmo restaurante de caminhoneiro e assistia alguns jogos de futebol porque era época da Copa, era um marasmo total.
Foram 10 dias assim. Queria mais era acabar as coisas e vir embora. Apenas as minhas partes foram gravadas lá por uma questão financeira, e também porque o Dennis diz que o fundamental é ter um excelente som de bateria”, disse Aquiles reforçando que essa foi a gravação mais rápida que o Angra já fez. “Foi um tempo curto, mas o resultado foi totalmente espontâneo. Posso dizer que quase não tivemos processo de composição. O Kiko me deu umas guitarras guia com alguma coisa que ele tinha feito em uma bateria eletrônica”.
Por Mariana Souza
Fonte: http://www.revistabatera.com.br
Por Mariana Souza
Fonte: http://www.revistabatera.com.br
Um comentário:
[Joao supernamorado da Má]
O chat foi bacana! O Aquiles ficava perguntando "eu to aparecendo? eu to aparecendo?" uahuIAhiaAH Esperamos ansiosos pra ouvir o CD novo do Hangar heim!! Espero q venha um Cd bem nervoso com uma batera nervosa pra eu ir em varios shows com a Mazinha linda!!
30/12/2006 00:43
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[Michely]
Sem dúvida foi bem bacana, o chat com a galera ficou marcado...hehehe!!!E essa matéria ta showww!!!
29/12/2006 21:00
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[Priscilla Mamus]
e bota coca cola nisso Má!! mas realmente foi muito legal acompanhar o processo de gravaçao... com direito a bate-papo!!!
29/12/2006 19:54
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[Má Dickinson]
Muito boa a reportagem!!!Quem acompanhava o diario de gravacoes do Aquiles viu todo esse processo de gravacao corrido, mas que deu um resultado bem legal!!!!E rolou mta coca cola....hehehehehehehe
29/12/2006 07:37
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[Mhyka]
Duas coisinhas...Ele quiz deixar bem claro que ele tava odiando fica sozinho na Alemanha e assim essa troca de equipamentos na minha opinião tá aprovadissima!fico show!
29/12/2006 01:06
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[Thiago Ferreira] [amidoidao@hotmail.com]
Mais uma vez, a fera nas revistas!!! Muito boa a materia, muito interessante. Agora me diga, sera que o Aquiles é exigente? 8 a 10 caixas diferentes! hehehe Mas o resultado esta ai, o fantastico trabalho que ele tem feito no cd do Freakeys e do Angra! Valeu!
29/12/2006 01:04
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